domingo, 12 de dezembro de 2010

Um papo muito estranho

Encontrei a Sandra quase que por acaso. Eu tinha ido ao banco para pagar algumas contas, e na saída do mesmo comecei a observar algumas calças em promoção das lojas. E eu como sempre desastrado caminhando pela rua, acabei trombando nela.

domingo, 8 de agosto de 2010

Uma carta para o meu pai

Bom dia, meu pai, que nunca conheci, que nunca vi e nem sei se você ainda existe. Falam muito de você, que tenho seu jeito, seu nariz, mas nunca recebi uma só mensagem de ti, pelo menos para dizer “Como vai meu filho?”, poderia até ser indiretamente, por outra pessoa, mas que desse o ar da graça. Que mostrasse interesse.

Você pode imaginar como é uma criança estar ao lado de seus coleguinhas, vendo seus pais os segurando, abraçando, dando aquele tipo de carinho a qual nunca tive? De acompanhar seus primeiros passos, sua primeira palavra dita, da queda inevitável de uma bicicleta, da formação da sua personalidade, da primeira briga, da primeira namorada...Pois é... Você nunca participou desses momentos, você nunca esteve lá quando eu mais precisava! Você simplesmente se foi... E eu sempre estava te esperando!

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Escuridão

Fonte: Blog do Favre
A escuridão me envolve por completo, como se eu tivesse sendo engolido por um buraco negro de dimensões grotescas. Como cheguei até aqui, eu não sei. Não conseguia compreender o que estava acontecendo. Só sei que a razão me foge totalmente, enquanto o medo começa a me dominar por completo.

De repente, bem ao fundo, um ponto brilhante, uma fagulha, que simplesmente aflora como se fosse uma saída, um escape, o prenúncio da minha libertação.


sábado, 22 de maio de 2010

Dona Zizu

Ahhhhh... Quem não se lembra da dona Zizu? Aquela senhora que morava no nº 45, da rua Amadeu Fontoura, que adorava fazer doces e quitutes aos montes, e depois distribuía entre as crianças da rua? Era uma festa, aos fins de semana a casa dessa velha senhora era lotada de crianças, não só da rua, mas também das outras bem próximas.

Aliás, Dona Zizu era muito querida pelos moradores, era como se fosse a mãe mais velha de todos, seus conselhos eram sempre levados a sério e para qualquer decisão tomada, Dona Zizu era sempre a primeira a ser ouvida. Se aquela rua fosse um reino, Dona Zizu certamente seria a rainha.

domingo, 2 de maio de 2010

Andréia, um sonho e um pesadelo!

Andréia era uma garota muito linda, olhos verdes, cabelos castanhos, um corpo escultural, o sonho de consumo de qualquer homem. Com a beleza que tinha, conseguia tudo que queria, e ela sabia como provocar. Filha de pais de classe média, Andréia era uma menina mimada, mas no fundo tinha uma tristeza que você só perceberia se fosse intimo dela, não no sentido sexual da coisa, mas no da amizade.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Os livros impróprios, Dr. Amadeu e o bode expiatório

Paulo, um funcionário público concursado, orgulhava-se de seu trabalho na secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Tinha seu próprio escritório. Nunca chegava atrasado, era o primeiro a entrar e o último a sair. Às vezes excedia seu tempo de trabalho não para receber horas extras, já que o Estado não paga, mas porque amava o que fazia e o fazia com muito prazer.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O bar e o trovão

E lá estava ela com aquele sorriso tão lindo, mas que escondia por trás uma imensa tristeza. Nossa amizade havia começado tão de repente, que nossos segredos mais íntimos começaram a ser revelados a medida que nossos encontros naquele barzinho aumentavam.

Éramos perfeitos. Como diriam as pessoas, perfeitas almas gêmeas. Costumávamos sair quase toda a noite e aquele barzinho se tornou nosso ponto de encontro.



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Corinna Libertada

lagoCorinna, triste e em profunda depressão, sentou-se a beira do lago que ficava do lado de sua casa, ela não queria estar com ninguém a não ser sua própria angústia de ter tido uma existência nula. Casou-se aos 13 anos, praticamente vendida pelo seu pai a um comerciante da cidade grande, viu sua juventude se esvair na forma de sucessivas gravidezes e de cuidar de um homem já idoso, que a tratava como se fosse uma criada qualquer.


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